Angola perde a oportunidade de fazer história

Angola perde a oportunidade de fazer história

Luanda – Angola perdeu, nesta sexta-feira, a oportunidade de fazer história no Campeonato Africano de futebol (CAN`2023), que decorre na Côte d`Ivoire, ao perder com a Nigéria por 0-1, em jogo dos quartos-de-final, disputado no Estádio Felix Houphouet Boigny, em Abidjan.

O golo solitário da partida foi marcado por Ademola Lookman, aos 40 minutos, num lance de desatenção dos centrais do combinado nacional.

Depois de ter alcançado igualmente os quartos-de-final nas edições de 2008 (Ghana) e 2010 (Angola), a selecção nacional procurava chegar às meias-finais inédita no histórico do futebol angolano.

Sobre o resultado, foi negativo, já quanto ao desempenho deste grupo de trabalho o raciocínio é contrário, pois Angola chega mais longe nesta competição da CAF, com números nunca antes visto.

Oa dados dos Palancas Negras indicam três vitórias, um empate e uma derrota, completando nove golos marcados e apenas quatro sofridos.

No grupo D, a selecção nacional terminou na primeira posição com sete pontos, relegando para lugares inferiores a Argélia, Burkina Faso e Mauritânia.

Angola já atingiu os quartos-de-final de forma directa nas edições de 2008 (Ghana) e 2010 (Angola), quando participavam 16 selecções e não havia oitavos-de-final.

Desta vez, o mérito consiste no facto de participarem 24 selecções e com os “oitavos” novamente introduzido, ou seja, jogou-se os 16-avos-de-final, oitavos-de-final e só depois às meias-finais, significando isso maior esforço relativamente às duas edições anteriores.

 

Sobre o jogo, os nigerianos, tricampeões africanos (1980, 1994 e 2013), até marcaram o golo que garantiu a qualificação, mas na avaliação de desempenho nunca foram superiores em campo. Teve momentos que Angola colocou o oponente ao seu último reduto, resguardando-se como podia para manter a vantagem.

Uma defesa instintiva do guarda-redes Nwabili a um desvio de bola de Mabululu, aos três minutos de jogo, e um remate de Zine Salvador ao poste lateral, aos 58`, demonstram bem o quanto o resultado podia ser diferente.

A derrota de Angola permite uma reflexão sobre a organização defensiva, sobretudo, tendo em conta que os quatro golos sofridos no evento surgiram de erros deste sector fundamentalmente por parte dos centrais.

A Nigéria ainda marcou um golo, aos 73`, mas o árbitro do Senegal, Sy Issa, anulou por fora de jogo, com ajuda do vídeo-árbitro.

O sonho do inédito falhou, mas as evidências em campo de que seria possível, perante pelo menos 500 excursionistas nas bancadas do Estádio Felix Houphouet Boigny, em Abidjan, ficaram bem patente.

Agora, resta as qualificativas para o Campeonato do Mundo de 2026, com esperança de que os erros do presente sejam supridos no futuro.

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